terça-feira, 26 de junho de 2007

SShhhh!!!!


Hoje é dia do silêncio nas rádios da internet. Nenhuma delas, desde que baseadas nos EUA, teve programação. O protesto partiu dos EUA, onde uma decisão tomada em março pelo Copyright Royalty Board (CRB), órgão que cuida dos direitos autorais naquele país, manda todas os sites que disponibilizam músicas via streaming a pagar mais pelo uso do copyright.

As rádios tomaram a decisão de protestar pois acreditam que o aumento das taxas, que sempre foram pagas, vai inviabilizar qualquer negócio. No ano passado, elas pagavam 0,0008 dólares por cada música que um ouvinte ouvia. Ou seja, se uma música for executada agora e neste momento mil pessoas a ouvirem na rádio X, ela precisa depositar 80 centavos na conta do CRB, que depois repassará parte do valor a artistas e gravadoras.

Em 2007, o valor subiu para 0,0011. Pode parecer pouco, mas no fim do mês, com uma programação de 24 horas initerruptas, como acontece na internet, a conta é alta. E a receita, baixa.

Há diversas campanhas para quem quiser acompanhar o caso. Aqui estão um e outroexemplo.

Um click errado fez esse post só ser publicado agora

quinta-feira, 21 de junho de 2007

"I want my money!!!"

A nova sensação mirim da internet nos vídeos abaixo. O primeiro, "The Landlord", sucesso na casa do Tio Sam. O segundo, o making of.

The Landlord


The Landlord Out Takes

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Banda larga gilbertiana

Primeiro clipe, mesmo que caseiro (ainda que com a marca Andrucha Waddington), do novo álbum do ministro-cantor (ou cantor-ministro) Gilberto Gil. Ao final, jornalistas, entre eles Jorge Bastos Morenos, do Globo, de onde veio o vídeo e a transcrição da letra.

Pra variar, a letra é excelente e um chamado à inclusão digital.



BANDA LARGA CORDEL

Pôs na boca, provou, cuspiu.
É amargo, não sabe o que perdeu
Tem o gosto de fel, raiz amarga

Quem não vem no cordel banda larga
Vai viver sem saber que o mundo é o seu

Tem um gosto de fel, raiz amarga
Quem não vem no cordel da banda larga
Vai viver sem saber que o mundo é o seu

Uma banda da banda é umbanda
Outra banda da banda é cristã
Outra banda da banda é kabala
Outra banda da banda é koorão

E então, e então, são quantas bandas?
Tantas quantas pedir meu coração
E o meu coração pediu assim só
Bim-bom, bim-bim-bom, bim-bão

Todo mundo na ampla discussão
O neuro-cientista, o economista
Opinião de alguém que está na pista
Opinião de alguém fora da lista
Opinião de alguém que diz não

Ou se alarga essa banda e a banda anda
Mais ligeiro pras bandas do sertão
Ou então não, não adianta nada
Banda vai, banda fica abandonada
Deixada para outra encarnação

Ou então não, não adianta nada
Uma vai outra fica abandonada
Os problemas não terão solução

Piraí, Piraí, Piraí
Piraí bandalargou-se há pouquinho
Piraí infoviabilizou
Os ares do município inteirinho
Por certo que a medida provocou
Um certo vento de redemoinho

Diabo do menino agora quer
Um ipod e um computador novinho
O certo é que o sertão quer navegar
No micro do menino internetinho

O Netinho baiano e bom cantor
Já faz tempo tornou-se um provedor – provedor de acesso
À grande rede www
Esse menino ainda vira um sábio
Contratado do Google, sim sinhô

Diabliu de menino internetinho
Sozinho vai descobrindo o caminho
O rádio fez assim com o seu avô

Rodovia, Hidrovia,
Ferrovia e agora chegando a infovia
Pra alegria de todo o interior.

Meu Brasil, meu Brasil, bem brasileiro
O You Tube chegando aos seus grotões
Veredas dos Sertões, Guimarães Rosa
Ilíadas, Luzíadas, Camões
Rei Salomão no Alto Solimões

O pé da planta, a baba da babosa
Pôs na boca, provou, cuspiu
É amargo, não sabe o que perdeu
É amarga a missão, raiz amarga
Quem vai soltar balão na banda larga
É alguém que ainda não nasceu

É amarga a missão, raiz amarga
Quem vai soltar balão na banda larga
É alguém que ainda não nasceu

terça-feira, 19 de junho de 2007

Lessig abandona pesquisa e ativismo sobre propriedade intelectual



O professor da Universidade de Stanford Lawrence Lessig, criador da licença Creative Commons, anunciou ontem que mudará sua área de atuação. "Decidi mudar meu trabalho acadêmico e, em breve, meu ativismo, para longe do que me consumiu pelos últimos dez anos, rumo a um novo grupo de temas", disse em seu blog.

O novo foco de seu trabalho será a corrupção. "Não no simples sentido de suborno", explica. O professor quer estudar a influência do dinheiro na tomada de decisões de interesse público.

Lessig afirma não ter mais objetivos dentro da área de propriedade intelectual (PI) e acredita que outras pessoas poderão substituí-lo na batalha pela flexibilização dos copyrights pefeitamente. Além disso, diz que para mudar o problema de direitos autorais, será preciso antes alterar a questão do desvio de rumos da sociedade.

O professor garante que não deixará de promover o Creative Commons, nem de organizar eventos sobre o tema. Porém, não fará mais parte de outras entidades da qual faz parte e também se recusará a falar sobre propriedade intelectual. "Sem dúvida haverá exceções. Mas em geral, a não ser que haja razões muito fortes, não aceitarei convites para falar sobre temas que definiram meu trabalho na última década".

O blog de Lessig continuará ativo, mas os posts seguirão os novos rumos do autor. Seguindo a idéia que sempre defendeu, ele deixará todas suas palestras disponíveis para remixagem em no site ccMixter.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Água salgada

o egipcio nao, foi a praia de short - comprado num brecho especialmente para a ocasiao - sapato social e meia puxada la em cima. Tudo muito normal. Na praia ele relutou bastante antes de tirar os sapatos por nao ter reconhecido a areia, apesar da longa faixa de areia bem branquinha. "Isso nao eh areia, eh sal".

O ruandes, em seu primeiro contato na vida com o mar, foi na mesma direcao. Correu saltitante, mergulhou e disse com estranheza: "Essa agua eh salgada", nunca tinha ouvido falar nada a respeito. Passou o dia de cueca (aquelas tipo shortinho) como se fosse a coisa mais natural do mundo.

A muculmana do grupo nao tirou a roupa


Mais histórias de globalização ao vivo no blog da Sabrina.

domingo, 17 de junho de 2007

Vigilância proíbe mistura de azeite


Os restaurantes cariocas não podem mais oferecer azeites temperados. A notícia me foi dada pelo garçom da Fiametta do Plaza Shopping (ex-off-price)na noite de sábado. Ao pedir uma garrafa de azeite com cebola, alho e outros condimentos para molhar minha pizza, o garçom me informou que o temperp não constava mais no cardápio. "A vigilância sanitária nos proibiu de oferecer qualquer produto que não venha lacrado de fábrica", lamentou.

Segundo ele, a razão é a possibilidade de falta de higiene na manipulação do produto.

Já é a segunda vez que a Vigilância Sanitária implica com os azeites. Há um tempo, na onda de evitar adulterações, chegou a ordenar que os óleos de azeitona fossem servidos em sachês, como acontece com ketchups e mostardas. Felizmente, a ordem não pegou e foi revogada.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Repórter ganha banho de cerveja

Vejam o que teve de aguentar o pobre repórter Pinto, da CNN, na final da FA Cup, a Copa da Inglaterra, na reabertura de Wembley, este ano.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Ah, se fosse o Chávez...

O primeiro-ministro da Inglaterra, Tony Blair, deu ontem uma bronca na imprensa de seu país. Chamou-a de crítica demais. O Independent foi classificado de "besta furiosa".

Obviamente, os jornais se irritaram profundamente. Faz parte do jogo. Mas por aqui nada se lê ou se ouve. Já se fosse o Chávez...

Não que o venezuelano seja gente boa, mas equilíbrio sempre é bom.

O que o mundo come


Ensaio interessante hoje na Time. Dezesseis fotos mostram o que famílias de diversas partes do mundo comem em uma semana. A composição faz parte do livro "Hungry planet", de Peter Menzel and Faith D'Aluisio.

É interessante notar as diferenças. Algo que percebi: quanto mais rico um país, menos frutas, cereais e legumes e mais plásticos e comidas prontas. Outra: a maioria das fotos foi tirada na cozinha das famílias, o que torna observação ainda mais interessante. A quantidade de eletrodomésticos varia muito. Além disso, é legal notar a quantidade de pessoas em cada. Afinal, família em alguns lugares é mãe, pai e filho. Em outros, há ainda os tios, avós, primos...

A foto de uma família americana da Carolina do Norte (acima) é assustadora: pizzas, salgadinhos, sanduíches, congelados são a base. Tudo isso custa US$ 342 dólares por semana.

O susto fica ainda maior se você contrasta com a da família Aboubakar, em um campo de refugiados na África. Ela come algumas sementes e uma garrafa d´agua por semana. Com o altíssimo custo de US$ 1,23.

E tem também a família alemã Melander , onde a quantidade de garrafas de cerveja é incomparável, fazendo jus à fama do país. Não a toa gastam US$ 500 por semana com alimentação.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Primeiro Mundo latino

Depois de tanta crise, os argentinos vão encher o peito para falar de mais essa:

"Internet chega a 97% dos meninos de rua de Buenos Aires". É pra acabar com essa história de que eles não são mais o primeiro mundo da América Latina (ou a América Latina do primeiro mundo).

Resumindo: a molecada de BsAs, ao invés de ir jogar bola, pega os trocados que ganha na rua e vai para os locutórios (em português, lan-house ou cybercafé), que estão espalhados pela cidade. Quem sabe daqui a alguns anos não surge um Maradona da computação?

domingo, 10 de junho de 2007

Estandarte da paixão

Ainda na onda comemorativa, um pouco de Nelson Rodrigues, em uma crônica no Jornal dos Sports em 3 de dezembro de 1959:

"Outras podem ser mais numerosas. Uma torcida, porém, não vale a pena pela sua expressão numérica. Ela vive e influi no destino das batalhas pela força do sentimento. E a torcida tricolor leva um imperecível estandarte de paixão".

Antes tarde...

E não é que a sina do "timinho" se repetiu?

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Novas profissões


Um amigo recentemente me enviou uma oferta de emrpego interessante. Inovadora, eu diria. Era para ser "artista de sanduíche".

Após muitas piadas na lista na qual ele postou a oportunidade, fiz uma busca e descobri que aquelas pessoas que montam seu sanduba, aquela mesma que empilha o queijo com o presunto y otras cositas más, agora tem esse nome.

Com a experiência acumulada aqui em casa, acho até que posso me candidatar.

domingo, 3 de junho de 2007

Será o fim?

Sites de jornalismo só dão prejuízo. Ou então todos eles sofrem de má gestão. Desde pequenos e alternativos, cheios de jovens cheios de idéias, aos grandes, em tamanho, acesso, número de jornalistas e prestígio.

A Rets, a Revista do Terceiro Setor, está moribunda. Para fazer frente à crise financeira de sua mãe, a Rits, houve cortes na equipe e o volume de notícias diminuiu bastante. Ainda assim, continua lá.

A Carta Maior, que se diz de esquerda, também está na corda-bamba. Já fez editorial pedindo ajuda, não adiantou, mas continua lá.

Agora é a vez do NoMínimo. Como eles mesmos dizem em editorial publicado hoje, são o "site de jornalistas, modéstia à parte, de maior prestígio no país". Pois bem, o principal patrocinador decidiu pular fora (como nos dois casos anteriores) e agora, depois de muito rodarem com o pires na mão, os editores estão arrancando cabelos. Já anunciaram: se ninguém colocar um qualquer por lá até o fim do mês, a partir de julho a atualização vai ser interrompida.

E como diria o Tutty Vasques, em sua coluna-lamento, "um projeto bacana, de gente legal, contas enxutas, situação fiscal impecável, cheio de prestígio na praça, descolado de corriolas, feito com felicidade... Francamente, sem brincadeira, imagina se um troço desses – que não é nenhuma invenção do call center, por exemplo - tem futuro no Brasil. Peralá!"

Muito triste isso...