segunda-feira, 19 de março de 2007

Casa verde



Ninguém discute que a construção de imóveis "verdes", ou seja, feitos apenas com materiais certificados, aproveitando o máximo da luz natural, reutilizando água etc, é mais cara do que um imóvel tradicional. Questão de escala e atenção, basicamente.

A longo prazo, porém, essa conta pode ser empatada ou mesmo invertida. E não há nada de mais longo prazo do que um imóvel.

Uma pesquisa feita nos EUA por uma organização ligada a construções limpas, o U.S. Green Building Council's Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), mostra isso. De acordo com o estudo, uma casa ecologicamente correta pode ter orçamento de um a 6,8% mais elevado do que uma tradicional. O percentual varia de acordo com o grau de "correção".

A variação foi considerada mais baixa do que o esperado. Melhor: o retorno em economia de água, luz, entre outros, é de dez vezes o valor investido. Se para cada metro quadrado construído forem colocados quatro dólares a mais ao pensar no projeto ecológico, a economia em 20 anos chega a 40 dólares por metro quadrado. Vale a pena, não?

Se a preocupação não for com o bem-estar geral, ao menos com o próprio bolso. O problema é que, de acordo com o líder da pesquisa, as pessoas não querem gastar a mais na hora de levantar suas casas e raramente pensam no futuro.

Eis, então, que outro estudo pode ajudar a manter o otimismo, ao menos em relação aos EUA. A I-rep, pesquisa bianual do instituto de pesquisa Ipsos sobre responsabilidade social corporativa, mostra que a preocupação dos norte-americanos com o meio ambiente vem crescendo. Dos respondentes, 45% afirmam que as grandes empresas deveriam priorizar a proteção ao meio ambiente em suas ações -incluídas aí as imobiliárias.

Nem tudo está perdido.

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