domingo, 29 de abril de 2007

Beduínos

Os beduínos são aquele povo do deserto africano que não param muito tempo em um só lugar. Buscam comércio e fontes de água de forma incessante. Chegam a um lugar, param e quando se dão por satisfeitos, vão adiante.

Agora temos os beduínos digitais. Dada a pobreza do continente, são raros na África. Porém, em São Francisco eles são cada vez mais comuns. Os beduínos digitais são aquelas pessoas que ficam rodando a cidade em busca de um hotspot gratuito para trabalhar, blogar, comunicar etc.

Londres também deve estar cheia, já que há essa infra toda aí abaixo.

sábado, 28 de abril de 2007

Why fi?

A prefeitura de Londres anda se vangloriando por ter lá a maior rede de acesso à internet wi-fi da Europa. A Cloud Networks começou ontem a oferecer serviço, por enquanto gratuito, graças à Nokia, que subsidia os preços, a 350 mil pessoas.

Legal, mas há quem pergunte pra quê? Sendo uma cidade na qual a maioria da população já possui acesso à rede em casa e cujos cafés oferecem conexão gratuita, por que oferecer internet no banco da praça? Ainda mais em uma cidade em que a chuva é mais constante que o calor no Rio de Janeiro?

Por outro lado, há quem comemore a possibilidade de diminuir a conta de telefone. Com celular capaz de acessar à rede, pra que pagar a tarifa da telefônica se é possível ligar via skype ou similar?

Por enquanto é de graça e por aí se comenta que tudo será decidido assim que o subsídio da Nokia for embora. Se for caro, não vai dar certo. Se barato, vai aumentar a cobertura e o vício. De acordo com pesquisa da Pew Internet, 72% dos americanos que possuem conexão wi-fi checam email diariamente. O percentual cai para 54% para os que não têm esse tipo de acesso.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Poema concreto

The pope is pop

the pope pops up with strange things

The pope has never posted to Papua.

By: Fausto and me

Jai Alai

E por falar em Guernica, por lá um tal de Jai Alai (isso é um esporte) é bastante popular. E não só lá como nos EUA também. Já apareceu nos Simpsons e filme de ficção Científica Tron.

Na França, no resto da Espanha, em Cuba e nas Filipinas, é chamado de Pelota. Dá uma olhada no documentário. Parece um squash tamanho família.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Não é para decorar a sala


Há exatos 70 anos, o general Franco mandou bombardear Guernica, uma cidade do País Basco, no nordeste da Espanha. Com ajuda de aviões alemães, o ditador poupou fábricas e pontes, alvos tradicionais de qualquer ataque aéreo. O objetivo ali eram os bascos, que resistiam à ditadura e simpatizavam com o comunismo. Ou seja, foi terrorismo mesmo.

A conquista da cidade (ou a destruição da resistência) era fundamental para o fim da Guerra Civil espanhola, mesmo tendo apenas 5 mil habitantes em 1937 (hoje são 18 mil). Era um entreposto entre as tropas nacionalistas, de Franco, e os republicanos. Era também esconderijo de diversos líderes bascos e símbolo do país que até hoje quer independência da Espanha.

O general não pensou duas vezes. Chamou seus aliados e ordenou o ataque. Até hoje se discute quantas pessoas morreram, mas ao menos 300 se foram.

Da estupidez, ao menos surgiu algo de bom, o quadro de Picasso. Como ele mesmo disse uma vez: "Arte não é para decorar salas. É uma arma ofensiva na defesa contra o inimigo".

PREÇOS e preços


Alguns amigos reclamaram do preço do Flamengo e Botafogo do próximo domingo. Uma arquibancada, daquela mesmo, lotada, de pé, com goteira e cheiro de xixi vai custar R$ 40. O Kleber Leite, diretor do Flamengo, respondeu que se tem gente que paga R$ 60 para ver a Ivete Sangalo nas mesmas arquibancadas, tem gente que vai pagar R$ 40 pela final do Carioca.

Pode ser. De qualquer forma, os preços aqui ainda não chegaram nem perto dos do Manchester United, o todo-poderoso da Inglaterra. Lá, os preços para a próxima temporada do campeonato inglês, que começa em agosto, já foram anunciados. Sofrerão aumento de 14%. Assim, uma arquibancada poderá chegar a 836 libras. Coisa de mais de dois mil reais...

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Você sabia?

Que ninguém conhece o super-homem no Quênia?

Que a elite intelectual de Ruanda nem tenta mais saber qual é o tamanho do calor por lá? A resposta é sempre a mesma: "é quente".

Que não se presenteia um chinês com um relógio? O ideograma de morte e relógio são bem parecidos e por isso um relógio, uma máquina que mede o tempo, não deixa de simbolizar a morte.

Quem conta essas e outras é a Sabrina, lá de Washington, em meio a um intercâmbio com jornalistas de todo o mundo. Vale muito acompanhar. Textos excelentes e de humor ainda maior.

Nem tanto...

Se alguém me perguntar como estou, não respondo "leia meu blog";

Sei quanto gastei por mês em compras para a casa e não faço idéia de quanto esse blog faturou;

Não tenho a mínima fé de que um post daqui possa ir para o Digg;

De acordo com essa lista engraçadinha, não sou um viciado em blogs.

Felizmente.

domingo, 22 de abril de 2007

...


Botafogo e Cabofriense, final da Taça Rio. Lance polêmico de impedimento, pra variar. Tira-teima, diferentes ângulos, comentários. Cléber Machado, o locutor, diz que o impedimento, no fim das contas, dá graça ao futebol. A complicação da regra daria um charme a mais ao jogo.

Eis que Sérgio Noronha, o comentarista, concorda. E faz um adendo, para reforçar a complexidade da regra. "Você já tentou explicar o impedimento a uma mulher?"

Machado, que não é burro, percebe que vinha uma demonstração de machismo pela frente. Provavelmente uma piada. E responde: "já conversei com a Ana Paula Santos, a bandeirinha. Ela me dá um banho, entende muito."

Noronha: "não, com uma mulher de fora da área"

Cléber Machado: ...

...

...

...

"E lá vai o Botafogo".

Noronha só volta a falar uns 15 minutos depois. E não era sobre impedimento.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Hmmm, alô?

"Minha carreira no tele-sexo foi concebida na semana anterior, quando entrei na sala do meu chefe e disse 'bom dia, Alistair. Vi um anúncio de tele-sexo. Não é preciso experiência! E dizem que eu tenho uma boa voz no telefone. Posso tentar?'

Editores sempre sorriem quando seus escritores dizem esse tipo de coisa. 'Se você se sente a vontade com isso, vai lá'".


Aqui está o relato de um dia trabalhando no tele-sexo, por uma jornalista norte-americana.

Web 2.0

Além do vídeo abaixo, outra forma, agora mais acadêmica e profunda, de entender o que é a tal de web 2.0 é esse relatório da OCDE, chamado "Web participativa: conteúdo gerado pelo usuário".

Apesar de acadêmico,o estudo, feito por Sacha Wunsch-Vincent e Graham Vickery, da direção para Ciência, Tecnologia e Indústria da OCDE, mostra de forma simples como essa história de cada um fazer um pouco está evoluindo, afetando a indústria (não só a de comunicação) e transformando nossa maneira de pensar, comprar e viver.

Vale ao menos uma passada de olho.

Novo caminho?

"As lan houses representam uma iniciativa auto-sustentável, que está ajudando a diminuir a exclusão digital no mundo em desenvolvimento, em especial a daqueles que mais precisam".
Quem diz é Ronaldo Lemos, professor da FGV-Rio e presidente do Creative Commons (dia desses escrevo sobre isso). Lemos, nos últimos meses, fez uma pesquisa sobre as novas iniciativas culturais ligadas à internet e inovações relacionadas à propriedade intelectual no Brasil.

Uma de suas descobertas foi justamente que as LAN Houses, normalmente vistas como lugar apenas de diversão, uma espécie de fliperama avançado, servem como instrumento de inclusão. E poderiam servir ainda mais. O argumento é simples: o grande problema dos projetos de inclusão digital é atrair moradores ao mesmo tempo em que garantem sustentabilidade. Afinal, o que não falta é telecentro fechando assim que o dinheiro do governo acaba. As LAN Houses, iniciativas privadas nascidas nas próprias comunidades, conhecem bem seu público e seu poder aquisitivo. O público quer jogo e comunicação (MSN, Orkut etc)com um preço que pode pagar. A hora de uso, então, não passa de R$ 1. Não por acaso, as houses vivem lotadas.

Os críticos perguntam: e os fatores educacionais, políticos etc? Lemos responde com uma sugestão que acredito ainda não ter sido testada: "as lan houses podem ir além, podem desenvolver e usar ferramentas sociais para promover e desenvolver atividades culturais de suas próprias comunidades". Por que não, então, utilizar os horários ociosos desses espaços (geralmente, os horários escolares) para dar aulas de informática, reunir as pessoas para discussões, entre outras possibilidades?

Tudo isso com um investimento que já está pago. Não é substituir os telecentros, mas aproveitar espaços com baixo investimento. Fica a pergunta...

segunda-feira, 16 de abril de 2007

100 projetos

Uma lista de cem projetos sociais espalhados pelo mundo. Alguns realmente inovadores, outros nem tanto. Estão concorrendo a um apoio financeiro. A votação termina hoje, mas ainda não há nenhuma parcial.

Você sabia?

A campanha presidencial dos EUA está chegando. Alguém ainda duvida que George W. Bush não vai fazer seu candidato? Se sim, dê uma olhada na lista de medidas tomadas pelo chefe da matriz nos últimos oito anos. Depois reveja sua opinião.

A lista, dividida por temas (Política Externa, Meio Ambiente, Militarismo, Economia, Família e Terceira Idade e Direitos Civis), é extensa e baseada em notícias dos principais jornais norte-americanos e ingleses.

"Imploramos para que você esqueça as pesquisas. Esqueça os analistas. Esqueça os avisos das campanhas de 30 segundos. Ao invés disso, veja os registros", diz a organização Do You Know?, responsável pela lista.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Timão!

Pelo que se lê por aí (aqui, por exemplo), o Corinthians espera que mais um grande investidor salve a pátria da Fiel. Depois de um iraniano, a vez é de um russo. Dono de uma das maiores fortunas da Rússia, Boris Berezovsky é o cara. Tão "o cara" que quer dar um golpe no atual presidente de seu país, Vladimir Putin.

Só tem gente boa no Parque São Jorge...

quarta-feira, 11 de abril de 2007

N = C + {fb(cm) · fb(tc)} + fb(Ts) + fc · ta


Essa é a fórmula do sanduíche de bacon perfeito, de acordo com pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra.

N= força aplicada na mordida, em newtons

fb= tipo de bacon

fc= tempero

TS= temperatura

tc= tempo de cozimento

ta= tempo gasto para adicionar o bacon e o tempero ao pão

cm= método aplicado na feitura

C= a consistência, também em newtons, do bacon cru.

Ou seja, a perfeição é medida pela consistência mais o produto da multiplicação do tipo de bacon com o método de fritura mais a temperatura aplicada mais o produto do tempero pelo tempo gasto de aplicação.

Mil horas de pesquisas depois, os ingleses descobriram que basta um bacon de qualidade bem frito num pão francês crocante. E ainda ganharam para fazer essa fórmula, de acordo com o NY Times.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Regras

Uma das coisas mais interessantes desse mundo de blogs é a completa falta de regras editoriais, por mais bem intecionadas que sejam. Cada um faz o que quer levando em conta suas crenças e tendo em mente as leis de seu grupo, estado, país, planeta, e as formas de questioná-las se considerar necessário.

Pois bem, isso parece estar próximo ao fim (não sem razão). O Tim O´Reilly, um dos inventores da internet, cara saca-tudo, propôs, no último domingo um "código de conduta" para os blogueiros. A intenção é nobre: acabar com o "cyber-bullying". Em outras palavras, pôr fim à apurrinhação virtual. Ou seja, dar limites a comentários ofensivos e responsabilizar irresponsáveis (o código está traduzido abaixo).

O tal ciberespaço, no entanto, reclamou. No próprio blog de O´Reilly comenta-se que a introdução de regras só vai fazer os desvios aumentarem e que a implementação de "distintivos", como propôs O´Reilly, é absurda por si só. Isso para não falar de que algumas das regras podem facilmente ser descumpridas, de acordo com o interesse e até pela segurança do blogueiro.

Uma das leis do código proposto é não postar anonimamente. A terapeuta Isabela Mori, por exemplo, comenta para O´Reilly de que ela não pode escrever assinando. E se um paciente ler e entender algo de errado? Uma terapeuta pode expôr sua opinião sobre vários assuntos para seu paciente? Isso não influenciaria o tratamento?

Outro ponto polêmico foi o "não escrever algo que não diria pessoalmente". E quem vive em ditaduras, como fica? Há ainda a polêmica aceitação de direitos autorais. Se eu quiser postar uma música ou um trecho de filme, então, não posso?

De qualquer forma, a intenção foi boa, mas me parece pensada para o universo blogueiro-tecnológico dos EUA. Tem bons pontos, como regular comentários ofensivos, mas ainda precisa ser melhorado. E não vai muito além do que um manual de redação moderno recomenda.

Até por isso, o Tim O´Reilly ressaltou em seu post que aqueles pontos são apenas rascunhos e como rascunhos estão abertos a discussão -desde que inteligente.

Código de Conduta - Tim O´Reilly

"Celebramos a blogosfera porque ela abraça a conversa franca e aberta. Mas franqueza não precisa significar falta de civlidade. Apresentamos esse Código de Conduta Blogueiro na esperança de que ajude a criar uma cultura que encorage tantao a expressão pessoal quanto a conversa construtiva.

1- Nos responsabilizamos por nossas próprias palavras e pelos comentários que permitimos no blog.

Estamos comprometidos com o padrão de "Civilidade Garantida": não postaremos conteúdo inaceitável e apagaremos comentários que os contenham.

Definimos conteúdo inaceitável como qualquer coisa que inclua ou esteja ligada a

-abuso, assédio, ordens ou ameaças.
-algo libeloso, sabidamente falso, inominado ou que calunie outra pessoa
-algo que infrija direitos autorais ou marcas
-violação de obrigação de confidencialidade
-violação da privacidade de outros

Definimos e determinamos o que "conteúdo inaceitável" em cada caso, e nossas definições não estão limitadas a esta lista. Se apagarmos um comentário ou link, diremos e explicaremos o por quê. (Nos reservamos o direito de mudar esses parâmetros a qualquer momento sem aviso)

2- Não dizemos nada online que não diríamos pessoalmente

3- Mantemos contato privadamente antes de responder publicamente

Quando encontramos conflitos e mal-entendidos na blogosfera, fazemos todo esforço para conversar privada e diretamente com a (s) pessoas envolvida(s) -ou encontramos um intermediário que o possa fazer- antes de publicarmos qualquer post ou comentários sobre o tema.

4- Quando acreditamos que alguém está atacando outra pessoa injustamente, agimos.

Quando alguém que está publicando comentários ou posts ofensivos, diremos isso (privadamente, se possível-ver acima) e pediremos para fazer correções publicamente.
Se os comentários publicados puderem ser considerados uma ameaça e o acusador não desistir deles e se retratar, nós vamos cooperar com ações judiciais para proteger o alvo das acusações.

5- Não autorizamos comentários anônimos.
Pedimos aos comentadores para disponibilizar um endereço válido antes de escreverem, apesar de os autorizarmos a se identificarem por apelidos ao invés do nome real.

6- Ignoramos os "trolls" (provocadores?)
Preferimos não responder a comentários ofensivos sobre nós ou o blog a menos que se tornem abusivos ou caluniosos. Acreditamos que alimentar a provocação apenas os encoraja. "Nunca lute com um porco. Os dois se sujam, mas o porco gosta disso". Ignorar ataques públicos geralmente é a melhor maneira de contê-los.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Polka Floyd

Depois da versão dub, a versão polca do Pink Floyd.

Só pra lembrar: a polca é um ritmo nascido na Boêmia, Alemanha, no século XIX. Ainda é popular na República Tcheca, Eslováquia e Croácia. Segundo a wikipedia, o nome polca vem da palavra tcheca que significa "metade". Isso porque o ritmo da música é dois por quatro, sejá lá o que isso significa.

Dia desses ouviremos o Samba Side of the Moon.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Conjungando

Yo gugleo,
tu gugleas,
él guglea,
nosotros gugleamos,
vosotros ¿glugeais?
ellos guglean

O Congresso Internacional da Língua Espanhola, reunido em Cartagena, Colômbia, nesta semana, decidiu analisar a adição do verbo guglear (com u mesmo, para respeitar a pureza de Cervantes) aos dicionários de castellano.

A chance de aprovação é grande.

terça-feira, 3 de abril de 2007

Web 2.0, na vida real

Pra quem acha essa história de web 2.0 abstrata demais, aí vai um vídeo que explica tudo como se fosse num supermercado.

Do tédio

Ver a tinta secar, o queijo mofar, a grama crescer, o nada acontecer. Para tudo hoje há câmeras e gente para ver. O tédio é assim tão grande? Mesmo podendo ler muito, assistir filmes, viajar, conversar..?

Na verdade, é uma eterna busca por novidades, diz artigo no Guardian. Mesmo que elas sejam as mais imbecis do mundo.

E não é que era verdade?

Steve Jobs, o presidente-dono-diretor da Apple, declarou, há um tempo, que sua empresa ia começar a flexibilizar a proteção de direitos autorais na rede, em particular no Itunes. Poucos acreditaram e até campanha fizeram para ver se o ex-amigo do Bill Gates estava falando sério.

E não é que estava? A EMI, uma das maiores gravadoras do mundo, afirmou que venderá música sem proteção contra cópias no Itunes. Ou seja, se você comprar uma faixa qualquer de um artista da EMI (Stones, por exemplo), poderá tocá-la em aparelhos que não o Ipod. Vai custar mais caro (30% a mais -US$1,29 contra US$ 0,99), mas a Apple garante que a qualidade é superior. Na compra de um "disco" completo, rola uma promoção -tudo por US$9,99.

Por enquanto, são apenas a da EMI, mas Jobs acredita que até o meio do ano metade das músicas vendidas no Itunes será desprotegida.

By the way, a iniciativa serve também para a maçã aplacar os defensores dos consumidores na Europa, que reclamam faz muito tempo dessa história de "comprou na Apple, só serve no Ipod". Para eles, assim não tem concorrência.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Googlezon (de todos?)

Há alguns anos, todos viram um vídeoque circulava por aí que sugeria que, em 2014, um tal de GoogleZon, a união do Google com a Amazon, dominaria o mundo. Todo tipo de serviço passaria pelas máquinas dessa empresa, que teria capacidade de monitorar tudo e todos.

Essa companhia (no sentido empresarial e bigbrotherial) já está se tornando realidade, como mostra matéria da BusinessWeek. O faturamento do Google já é maior do que vários conglomerados de mídia e seu valor de mercado, US$ 144 bilhões. Com essa grana toda, o antes apenas buscador agora já investe em jornais e anúncios de TV. O movimento gera medo em outras empresas e até em alguns ativistas. Uns temem pela concorrência, outros, pelo monopólio.

Pois alguns decidiram fazer parte do Google para influenciar seus caminhos e, quem sabe, interromper o processo de googlenização do mundo. O método? Comprando ações da empresa para deixá-la sobre administração da "Google To The People Public Company".

Porém, onde seria possível conseguir recursos para adquirir participação em algo que vale tantos bilhões? Fácil, via Google Adsense, oras. Assim o "Google vai comer a si mesmo". Até agora, eles já tem 292 ações, uns 130 mil dólares.

"Ao estabelecer esse modelo autocanibalístico nós descontruímos os novos mecanismos globais de publicidade ao rendê-lo a um modelo surreal de economia baseada em cliques", dizem os organizadores do movimento.

O problema é que eles foram censurados pelo Google, que os retirou de suas buscas.

De qualquer forma, ainda vai levar tempo para que o sonho deles se concretize. Pelos cálculos dos ativistas, no atual ritmo, faltam 202 milhões de anos para que o Google seja completamente tomado.