quarta-feira, 9 de maio de 2007

Piratas do mundo

Eles não têm mais olho de vidro nem perna de pau, mas ainda estão por aí. Mapa da Câmara Internacional de Comércio mostra que os piratas continuam a navegar as águas mundiais, mas seus ataques estão cada vez menos frequentes.

Em 2006 foram registrados 239 assaltos, contra 276 em 2005 e 329 em 2004. Ou seja, uma queda de 28% em dois anos. No ano passado, 188 pessoas foram feitas reféns durante ações de piratas. Em quinze ataques, houve mortes.

Este ano, os números continuam caindo. No primeiro trimestre foram registrados 41 casos de pirataria marítima, 20 a menos que no mesmo período de 2006.

O Caribe, que ficou famoso alguns séculos atrás pela quantidade de roubos de embarcações, não é mais o líder -há muito tempo. Agora são os mares asiáticos, principalmente em torno da Indonésia, o principal ponto de assalto. Aquele país, inclusive, lidera o ranking de 2006 da Câmara Internacional de Comércio, seguido de perto pelo quase vizinho Bangladesh. Foram 50 roubos de carga em alto mar indonésio contra 47 da outra ilha. Em 2005, aconteceram 79 e 23, respectivamente.

No Brasil, foram registrados cinco roubos e uma tentativa mal sucedida no ano passado -todos na área do porto de Santos, em São Paulo. Em 2005 foram dois, um em Macapá e outro perto de Breve, no rio Amazonas, no Pará. "O porto de Santos está experimentando uma onda de ataques contra cargueiros ancorados. Os piratas embarcam, abrem containeres, roubam o conteúdo, mas a polícia local aparentemente faz muito pouco para combatê-los no seu retorno à costa", diz o documento.

A CIC comemora a queda dos números, apesar de alertar para o aumento de casos no Brasil e outros países, como alguns na África e na Ásia. Entre eles, Nigéria, Somália e Bangladesh.

Abaixo, o mapa dos ataques em 2006



Nenhum comentário: